Uma casa à dimensão da carteira dos jovens

Idealmente, a prestação da casa não deverá ser superior a um terço do rendimento líquido do agregado familiar. No entanto, os bancos podem conceder crédito à habitação até uma taxa de esforço de 50%. Mas mesmo considerando este patamar de esforço financeiro, é difícil um jovem casal comprar uma casa em Lisboa, Cascais, Oeiras e no Porto com mais de 60 metros quadrados, considerando os atuais preços dos imóveis e o rendimento médio mensal líquido dos jovens, que no final do ano passado era de 926 euros.

Fonte: ECO, Confidencial Imobiliário e INE. Para cálculo da área máxima dos imóveis foi considerado um rendimento líquido de 1.852 euros de um agregado familiar constituído por dois jovens que auferem, cada um, 926 euros (rendimento médio líquido dos jovens trabalhadores por conta de outrem entre os 18 e 35 anos, segundo o INE), e um crédito à habitação a 40 anos a taxa variável indexado à Euribor a 6 meses (taxa média de outubro de 3,0016%) com um spread de 1%. Foi ainda assumido um “prémio” de 1,5% sobre a taxa anual nominal para o cálculo da área máxima com taxa de esforço a 50%, tal como é utilizando pelos bancos nos contratos a mais de 10 anos para efeitos de análise de risco e aprovação do crédito. No caso dos cálculos para a área máxima dos contratos com taxa de esforço a 33%, esse “teste de stress” não foi aplicado porque não coloca o crédito no limite da sua aprovação. 12 de novembro 2024.
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